A pesquisa divulgada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), instituição sem fins lucrativos sob supervisão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Apenas 3,5% dos entrevistados declararam não ter conhecimento sobre o tema, e 1% preferiu não opinar.
Apesar da ampla consciência, nem todos concordam sobre as causas das mudanças climáticas. Para 78,2% dos brasileiros, a ação humana é a principal responsável pelas transformações climáticas, em linha com a ciência.
Em contrapartida, 19,6% acreditam que as mudanças decorrem de processos naturais.A percepção de gravidade sobre o fenômeno também varia. Enquanto 60,5% consideram as mudanças climáticas um “grave perigo para as pessoas no Brasil”, 26,9% as veem como um risco moderado.
Cerca de 11,8% minimizam a ameaça, afirmando que é um perigo pequeno (8,2%) ou inexistente (3,6%).A pesquisa, realizada entre o final de novembro e o início de dezembro do ano passado, entrevistou 1.931 brasileiros com 16 anos ou mais, em todas as regiões do país, considerando variáveis como gênero, idade, escolaridade, renda e localização.
Essa é a sexta edição do levantamento, que ocorre desde 1987, sendo seguido por edições em 2006, 2010, 2015 e 2019.O interesse por ciência e tecnologia permaneceu em 60,3%, nível similar ao de edições anteriores, mas inferior ao interesse por temas como medicina e saúde (77,9%), meio ambiente (76,2%), religião (70,5%) e economia (67,7%).
Ainda assim, supera o interesse por esportes (54,3%), arte e cultura (53,8%) e política (32,6%). Curiosamente, o interesse por política aumentou significativamente desde 2019, de 23,2% para 32,6%.Mesmo com o interesse por C&T, apenas 17,9% dos brasileiros conhecem alguma instituição científica, e só 9,6% recordam o nome de um cientista brasileiro.